22/03/07

| um problema para resolver a dois

Se você é um dos 500.000 homens em Portugal, com problemas de erecção (referida pelos médicos como Disfunção Eréctil – D.E.), é provável que sinta também stress emocional ou problemas no seu relacionamento, especialmente se ainda não partilhou o problema com ninguém.
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será que você é o único com problemas de erecção?

Não, o seu caso não é único. À medida que vai envelhecendo, poderá sentir cada vez mais dificuldade em obter erecções adequadas com frequência e rapidez que gostaria. No entanto, as dificuldades com a função eréctil constituem um problema comum – vários homens com mais de 40 anos de idade, em dada altura das suas vidas, sentem dificuldades a nível sexual (1). A D.E. pode ser causada por vários factores, tais como:
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Problemas de saúde que restringem o fluxo sanguíneo (por exemplo, diabetes, doença cardíaca, hipercolesterolemia e hipertensão arterial);

- desequilíbrio hormonal;

- depressão;

- protatectomia;

- efeitos secundários de alguns medicamentos;

- hábitos e opções de estilo de vida tais como tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

o que poderei fazer para seleccionar o problema?

Presentemente, existem tratamentos eficazes de utilizar, que actuam de forma rápida e fiável, ajudando-o a recuperar com confiança a sua vida sexual. Se sente dificuldades em obter e manter uma erecção durante a relação sexual – mesmo que esta situação não seja frequente – deverá consultar o seu médico. Uma percentagem muito elevada de homens demora demasiado tempo a procurar ajuda. Alguns tentem descobrir as causas do problema sem recorrer a ajuda médica. Outros, temem que as dificuldades de erecção se encontrem associadas a outros problemas mais graves. Há ainda homens que crêem que o seu problema de erecção não constitui uma perturbação real de saúde. No entanto, trata-se de um problema médico legítimo, pelo qual é possível fazer alguma coisa. É, assim, muito importante compreender o que se passa, aceitar que existe um problema, conversar com o seu médico sobre as eventuais causas e acordar sobre uma possível solução.Entretanto, pondere falar com a sua companheira sobre o modo como o problema está a afectá-lo, a si, e ao vosso relacionamento.

porque tenho dificuldade em falar sobre este problema com a minha companheira?

Para muitos homens, o aspecto mais difícil é conseguir ter a confiança necessária para partilhar às suas companheiras. Muitos homens dizem sentir embaraço, frustração, nervosismo e depressão – sentimentos que, provavelmente, também sente. A sua companheira poderá hesitar em falar consigo por receio de invadir a sua privacidade. Assim, embora o deseje, ela poderá estar mais preocupada em não ferir os seus sentimentos. Não falar sobre o problema pode, contudo, piorar a situação.

deverei falar com a minha companheira sobre o assunto?

Sim, pondere a hipótese de conversar com a sua companheira. As investigações realizadas demonstram que, na relação do casal, o sexo é tão importante para as mulheres como para os homens. É provável que a sua situação seja tão embaraçosa para ela como para si, sendo até possível que ela se sinta culpada. Por isso fale com ela e mostre-lhe que ninguém é culpado, fazendo-a ver que pretende encontrar uma solução que funcione para ambos.

porque razão sinto dificuldade em falar com o meu médico?

É sempre difícil falar sobre este tipo de problema. A ideia fá-lo sentir-se nervoso, embaraçado ou ansioso. Poderá inclusive temer que o seu médico não o leve a sério, não respeite os seus sentimentos ou não o consiga ajudar. Está preparado para o ajudar a enfrentar o problema, possui um vasto conhecimento sobre o assunto e poderá encontrar a solução mais apropriada para o seu caso.

Um problema partilhado é um problema resolvido.

Conversar sobre os problemas de erecção pode ajudar. Os homens que tiveram oportunidade de falar sobre o seu problema sentiram-se aliviados e, mais importante ainda, esperançosos na resolução do problema. Portanto, ganhe coragem. Fale dos seus problemas com o seu médico.

(1) – Feldman HÁ, Goldstein I, Hatzichristou D G e col. Impotence and its medical and psychological correlates: Results of the Massachusetts Male Ageing Study. J Urol, 1994; 151:54-61
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in Amor Vital 30 Dezembro 2006

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